quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A HORA DA ESTRELA

A HORA DA ESTRELA


História escrita em 1977 por Clarice Limpector poucos antes da sua morte. Esta história é a saga de uma nordestina e conta a vida sem sentido, sem esperança, sem futuro e sem conhecimento de si mesma.









A protagonista é uma nordestina de 19 anos que sai de Alagoas para tentar a sorte no Rio de Janeiro, com de fatos faziam muitos nordestinos em êxodo para o Sul do Brasil buscando condições de vida melhor.

O caso de Macabéa é de dá tristeza. Uma moça, sem beleza, sem atrativos, sem família, sem a menor capacidade intelectual. Vivia em um quarto de pensão e quando conseguiu um namorado este a humilhava frequentemente, pois ele era um típico “cabra Macho” nordestino, durão e que tratava-a com grosserias o tempo, mesmo ela tentando ser simpatia. Aliás, Macabéa, tentava ser simpática com todos, até mesmo com os que a desprezava, como o seu patrão. Macabéa era uma datilógrafa, também de péssima qualidade.

Sua vida era vazia, não tinha sonhos. As informações que tinha não se traduziam em conhecimentos práticos. Suas conversas eram sem sabor, como se diz por ali “asem sal e sem açúcar”. Certa vez ela conversando com o namorado disse: “Eu gosto tanto de prego e parafuso”.









A história é contada pelo narrador Rodrigo que procura retratar toda a falta de sentido da vida da Macabéa, ela é comparada ao nada, ao capim. Quando o namorada da Macabéa a deixa e fica com a amiga dela, a Glória, ela não era se quer capaz de esboçar uma reação mais forte, incapaz até de sentir indignação.

A HORA DA ESTRELA é uma referência a morte da protagonista, pois somente na hora da morte é que ela se reconhece e clama, enquanto agonizava: Eu sou. Aliás, a morte dela ocorreu logo após ela sair da casa da cartomante Carlota que previu para ela um futuro maravilhoso (A Morte), dizendo que ela encontraria um estrangeiro maravilhoso ( o carro que a atropelou).









A história é considerada um conto-de-fadas ao avesso e reflete o próprio estado de espírito da autora, que mesmo letrada, sentia que tinha o mesmo destino da sua personagem. A morte. A história é uma reflexão sobre a morte, morte que o próprio narrador, Rodrigo, acaba percebendo que também este será o fim dele, que ele também morrerá.

Na década de 80 este conto virou filme. 

TROPA DE ELITE II

Recentemente foi lançado o filme TROPA DE ELITE II. O filme mais uma vez fez a mescla entre a ficção e a realidade. O produtor do filme se trata de alguém que está inteirado dos problemas envolvendo a criminalidade do Rio e Janeiro, é o cineastra José Padilha. No primeiro episódio da saga TROPA DE ELITE, destacou-se a luta da polícia contra os criminosos das favelas e morros e o problema da corrupção interna.

O TROPA DE LEITE II avançou no mesmo sentido em que avançou a realidade no Rio de Janeiro com o surgimento das Milícias, que são grupo paramilitares, formado por policiais corruptos que procuram monopolizar o comércio estratégico de TV à Cabo clandestina, venda de botijões de gás e outras atividades ilícitas como a pirataria.

O filme mostra o lado podre da Imprensa, e dos políticos. O lado podre dos políticos, nós já estamos cansado de vê, mas o da Imprensa, ainda é algo novo. Alguns jornalistas usam suas carreiras para se promoverem politicamente, o que é bem comum em todas as áreas da sociedade. Destaco também o fato que é comum do ser humano, quando está alienado do PODER, mostrar-se moralistas, opositores do "regime" e logo que assumem o PODER, cometem as mesmas mazelas que os seus antecessores.




O cinema bem feito procura levar o cidadão a reflexão e se não dá para mudar o mundo, ainda está de pé aquela velha proposta: Procuremos aprender e mudar a nós mesmos.